segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Contra a corrente
o banner, por sua vez, diz diretamente da temática do blog. o jogo de xadrez remete a um confronto, em que, para cada ação de um jogador, há, por lógica do jogo, uma jogada do adversário que tenta, de alguma forma, impedir as possibilidades do outro. interessante também as cores escolhidas para a fonte do título do blog. "do contra" de branco e "ao contrário" de preto, remetendo, novamente, a uma oposição.
de maneira geral, pode-se dizer que a identidade do blog manteve-se fiel à proposta inicial de contraposição. os blogs mais bem sucedidos e famosos no universo da web (como o blog do noblat, blog do gnt e mothern, por exemplo) são justamente aqueles que honram sua proposta inicial e que mantêm, ao longo do tempo, uma identidade, linguagem, estilo e temáticas próprias.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
- trabalho de última hora (de preferência, de madrugada)
- promessa de regime
- promessa de ser uma pessoa melhor
- perder a carteira
- entrar no ônibus sem dinheiro
- pegar o ônibus errado
- ficar presa para fora de casa
- esquecer o registro aberto
- escovar os dentes com a escova de um outro morador
- esquecer de tomar remédios
- esquecer roupa de baixo da cama
- perder documentos
- esquecer de pagar contas e pagar juros por isso
- deixar a porta de casa aberta
- contar mentira só pra ter algum caso pra contar
- puxar papo com desconhecidos
- aceitar e fazer convites de última hora (alguém aí quer ir ao cinema hoje?)
- não comparecer a compromissos marcados há muito tempo
- comer a sobremesa antes do almoço
- fingir que entendo o que o professor está falando
- esquecer o número do meu próprio celular
- esquecer a data do aniversário de grandes amigos
- andar com a mochila aberta
- andar com o cadarço do tênis desamarrado
- fingir que lavei as mãos após ter ido ao banheiro, no inverno.
- chegar atrasada a reuniões
- deixar a louça acumular na pia (às vezes, até juntar formiga)
- sair de casa usando roupas que não foram passadas
- perder as capinhas dos cds
- estudar pra prova na madrugada anterior
- deixar de fazer alguma coisa muito legal para estudar e não estudar
- e similares...
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
não há nada mais protocolar que contar com a vitória...
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Aquele que deveria ter sido o primeiro
SOBRE PROTOCOLOS...
Pessoas protocolares sabem exatamente o que estarão fazendo daqui há um mês. Elas sabem tudo! Anotam os compromissos na agenda e se programam com antecedência. Elas não correm o risco de marcar algo com duas pessoas no mesmo dia e precisar furar com uma delas em cima da hora. Pessoas protocolares jamais se atrasam. Se têm um compromisso às sete da manhã, estão de pé às cinco e meia. Pessoas protocolares devolvem os livros que pegam emprestado, sabem onde estão seus documentos mais importantes, não deixam a louça acumular na pia. Pessoas protocolares não perdem dinheiro na rua, não esquecem a chave do lado de fora da porta de casa. (Aqui, é preciso fazer uma observação: não se deve confundir protocolaridade com organização. A protocolaridade está além da organização. Diz respeito ao excesso de ritualismo, de método, de padrão. Seria inconcebível para o protocolar, por exemplo, mudar de idéia ou mudar os planos na última hora). Pessoas protocolares querem resolver, o mais depressa possível, os conflitos. Pessoas protocolares não andam descalço. Pessoas protocolares comem de três em três horas. Pessoas protocolares levam seu travesseiro quando vão dormir fora de casa. Pessoas protocolares não se esquecem de tomar o remédio. Pessoas protocolares contam quantas pessoas tem no elevador antes de entrarem. Caso o número ultrapasse o máximo permitido, elas não entram. Esperam. Pessoas protocolares não admitem brincadeiras em momentos sérios. Mães protocolares levam seus bebês ao médico e marcam um horário no psicólogo por qualquer motivo como, por exemplo, o fato de o filho estar mordendo o coleguinha. Pessoas protocolares falam que vão dormir às dez. E vão. Pessoas protocolares fazem regime. Pessoas protocolares prometem e cumprem.
domingo, 31 de agosto de 2008
Mais sobre o substitutivo do Azeredo
Agora é a minha vez. Bom, à primeira vista, a idéia do Azeredo me pareceu impraticável, incompatível com os tempos atuais, com o que a Internet representa hoje. A rede é um lugar onde fervilha cultura; é troca, interação. Se precisamos modificar alguma coisa na Internet, essa mudança deve ocorrer no sentido de facilitar e ampliar o acesso, e não na direção oposta, de redução das possibilidades da net e limitação de seu potencial interativo. Como caracterizar como inconstitucional a maior parte das nossas atividades na Web, a essa altura do campeonato? Mas acontece que, por outro lado, eu fiquei pensando nesses crimes virtuais bizarros que acontecem por aí - pornografia, pedofilia, o tal do "phishing" - e acho que algo deve ser feito, sim, para que sejam punidos.
No meio dessa discussão toda, eu sentia falta da opinião de um especialista, de saber como andava a coisa do ponto de vista legal. Aí eu achei o blog da Raquel Recuero e sanei todas as minhas dúvidas. Recomendo que dêem uma passeada por lá. A Raquel é advogada e jornalista. É professora do curso de Comunicação da Universidade Católica de Pelotas e realiza pesquisas sobre redes sociais na Internet. Dessa forma, ela conseguiu fazer uma análise técnica e, ao mesmo tempo, social. Um dos aspectos para o qual a Raquel aponta é o fato de a lei se esconder debaixo de uma falsa crença: a de que visa combater a pedofilia. É por isso que tem tanta gente defendendo o substitutivo do Azeredo. Na verdade, a pedofilia é um crime que ocorre offline; o que a Internet permite é apenas que ele se torne visível. Além disso, já existe uma lei para cuidar disso (uma lei quei é, inclusive, complicadinha. Leiam lá). Não é preciso criar mais uma. O mesmo acontece com os casos de roubo e estelionato, por exemplo. A única novidade do projeto é a criminalização de condutas amplas, dentro das quais quase qualquer ação do internauta comum poderá ser enquadrada: obtenção de qualquer informação eletrônica através de downloads, uso de ferramentas de buscas, a transferência de dados sem autorização do autor, o próprio blogging... e proibir tudo isso é, na minha opinião, dar uma passo para trás.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
lei de controle à internet
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Peirce, simpsons e passatempo...
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Protocolos para o sono
Não é a qualquer hora, nem em qualquer lugar que eu consigo dormir. Para mim, dormir é algo complicado, um processo que exige uma porção de rituais. É preciso que o ambiente seja propício para o sono e, além disso, é preciso estar na posição certa. No meu caso, acho que a posição é o fator decisivo: só durmo de barriga para baixo. E isso significa que eu não durmo em carro, ônibus, avião. Ou seja: eu não prego o olho durante viagens. Nem um cochilo, nada. Já fui três vezes a São Paulo, de ônibus, naquele horário que as pessoas mais gostam porque dormem e não vêem as horas passar (saída às onze da noite e chegada pela manhã) e não consegui dormir por cinco minutos sequer. Que tédio, deus do céu! Você olha pro lado e as pessoas estão roncando, babando. Só ficam você e o barulhinho do relógio. No começo, eu me irritava, mas agora já me acostumei. De duas em duas horas vou até a frente do ônibus, bato um papo com o motorista, como é que está a estrada, quantos quilômetros ainda faltam, quanto tempo para a próxima parada... Resolvido o problema da posição, ou seja, considerando que eu tenha uma cama onde possa me deitar de barriga para baixo e com a cabeça virada para a direita (sim, tem esse detalhe. Eu estava com vergonha de falar da cabeça virada para a direita porque dá uma impressão de pessoa muito chata, sistemática, mas decidi que vou contar tudo), vem a segunda fase do “processo de dormir”, que consiste em tornar o ambiente propício para o sono. Regras básicas: silêncio absoluto, escuridão total, nada de meias (impossível dormir de meias), colchão gostoso, travesseiro baixo, pijama confortável, um copo d’água. Pronto. Claro que quanto ao silêncio e a escuridão, é exagero. Sempre tem alguém no quarto ao lado que insiste em não desligar a TV, uma iluminação da rua que entra pelas frestas da janela... mas quanto ao resto, é sério. O colchão não pode ser nem duro demais, daqueles que você fica com dor nas costas, nem mole demais, daqueles que você afunda quando deita. O travesseiro precisa ser bem fino. Depois da barriga pra baixo, o travesseiro fino é o mais importante. Talvez ele seja até tão importante quanto a barriga. Quando eu estava na sétima série, parei de freqüentar festas do pijama porque na casa das minhas amigas só tinha travesseiros enormes e eu tinha vergonha de falar pra elas que eu, jovem daquele jeito, já era tão chata pra essas coisas e gostava de um tipo específico de travesseiro. O pijama é um elemento importantíssimo também. Tem pessoas que chegam em casa pra almoçar e, antes de saírem de novo, gostam de tirar um cochilo. Dormem ali mesmo, no sofá, de calça jeans e tudo. Morro de inveja. Botão, fivela, tecido apertado, não consigo dormir com nada disso. Se eu não puder vestir um pijama, melhor nem deitar. O copo d’água é mais por mania que por conforto. Acho bom dar umas goladas antes de dormir, mesmo que não esteja com sede. Só evito tomar muita água porque senão preciso levantar no meio da noite pra fazer xixi, o que é realmente ruim, considerando que demoro cerca de vinte minutos para pegar no sono, cada vez que ele é interrompido!