sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O que houve com a eterna apaixonada?

“Agora eu quero ser um caso.”

Era da minha boca que essas palavras tinham saído. E quase sem hesitação, com naturalidade. Só depois de proferidas é que elas me assustaram um pouco. Não por causa do conteúdo, mas porque era eu falando aquilo! Gabriela teria se orgulhado de mim. (Ela tem mania de me dizer que eu preciso parar de procurar amores e aprender a ficar sozinha).

Ao contrário de muitos amigos, cujo maior medo era passar os anos de faculdade presos a um relacionamento sério, eu sempre tive PÂNICO de passar a faculdade inteira solteira. E parece que foi praga!

Desde que terminei meu longo namoro de quatro anos que não namorei ninguém. É claro que não foi por eu não querer. Muito pelo contrário: algumas pessoas eu até quis bastante, elas é que não quiseram saber de mim. Gabriela acha que é porque quando eu conheço um cara legal, ele consegue ler na minha testa “quero namorar você desesperadamente” e sai correndo. E eu tenho que admitir que é a mais pura verdade.

Precisaram passar três anos pra eu conseguir não querer namorar; pra eu conseguir querer ser um caso de alguém, ter um caso com alguém, com vários alguéns. E ficar em paz com isso. (Em paz também é exagero, quem me conhece sabe que sou dramática e vivo reclamando). Mas gente, se vocês soubessem como isso é um avanço! Antes eu vivia cantando aquela musiquinha dos Los Hermanos “eu só aceito a condição de ter você só pra mim” e reclamando da fragilidade dos laços amorosos nessa tal de pós-modernidade, da falta de compromisso desses homens de hoje em dia! Eu querer ser um caso é MUITO legal.

“Quanto tempo você acha que dura essa sua onda, Cecília?” Uma amiga me perguntou. Não sei. Pode ser que amanhã ela passe e eu volte a querer encontrar um príncipe encantado que me leve prum castelo num cavalo branco. Mas pode ser que eu fique assim um tempo. Pode ser que amanhã eu queira apagar esse post e ache tudo que eu disse aqui uma grande bobagem.O que importa é que hoje eu quis ser um caso. E registrei aqui minha vontade.

2 comentários:

Cecil disse...

nfndngkj

leo disse...

o que eu mais fui na vida foram 'casos'