A Júlia eu conheci por acaso. Ela me deu uma aula na psicologia, pra substituir a professora, e acabou que eu gostei mais dela do que da professora. É que os olhos da Júlia brilham quando ela fala, quando explica os fundamentos da psicanálise, quando conta da pesquisa do mestrado. E eu tenho mania de me apaixonar pelas pessoas que falam das coisas com brilho nos olhos. Gosto de pessoas que vibram, de corações que se mostram.
A Júlia tem os cílios longos e olha nos olhos pra conversar. Uma sinceridade que transborda. Ela também dança contemporâneo duas vezes na semana e gosta de cinema.
Foi meio por acaso que eu procurei por ela no fim da aula, pra tirar uma dúvida. Ela me respondeu dois dias depois, com um email cuidadoso e delicado. Acabou que a gente marcou um almoço e descobrimos que temos muita coisa em comum.
Engraçado eu querer escrever um texto sobre ela. Parece coisa de menina bobinha e deslumbrada. Mas eu sou transparente assim mesmo e sempre falo demais das minhas paixões. Tem gente que acha que eu devia me mostrar menos, que não devia abrir tanto o coração. Será? Por enquanto não estou ligando muito pra isso. O fato é que amei a Júlia desde a primeira vez que conversamos e quis escrever sobre ela. Simples assim. (Acho que na psicanálise eles chamam isso de identificação).
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3 comentários:
Você tem o dom. Suas palavras emocionam. É gostoso ler o que você escreve. Vou visitar seu blogg sempre, Baby. Beijos!
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