SOBRE PROTOCOLOS...
Ultimamente, tenho reparado em uma coisa que mudou minha vida. Melhor: mudou minha compreensão da vida. É a protocolaridade. Segundo o dicionário, o protocolo é uma formalidade. Mas a palavra “protocolar”, da forma como venho empregando no dia-a-dia, significa mais que isso. Descobri que as pessoas se dividem em “protocolares” e “não protocolares”. Protocolaridade tem a ver com modo de ser, com estilo de vida.
Pessoas protocolares sabem exatamente o que estarão fazendo daqui há um mês. Elas sabem tudo! Anotam os compromissos na agenda e se programam com antecedência. Elas não correm o risco de marcar algo com duas pessoas no mesmo dia e precisar furar com uma delas em cima da hora. Pessoas protocolares jamais se atrasam. Se têm um compromisso às sete da manhã, estão de pé às cinco e meia. Pessoas protocolares devolvem os livros que pegam emprestado, sabem onde estão seus documentos mais importantes, não deixam a louça acumular na pia. Pessoas protocolares não perdem dinheiro na rua, não esquecem a chave do lado de fora da porta de casa. (Aqui, é preciso fazer uma observação: não se deve confundir protocolaridade com organização. A protocolaridade está além da organização. Diz respeito ao excesso de ritualismo, de método, de padrão. Seria inconcebível para o protocolar, por exemplo, mudar de idéia ou mudar os planos na última hora). Pessoas protocolares querem resolver, o mais depressa possível, os conflitos. Pessoas protocolares não andam descalço. Pessoas protocolares comem de três em três horas. Pessoas protocolares levam seu travesseiro quando vão dormir fora de casa. Pessoas protocolares não se esquecem de tomar o remédio. Pessoas protocolares contam quantas pessoas tem no elevador antes de entrarem. Caso o número ultrapasse o máximo permitido, elas não entram. Esperam. Pessoas protocolares não admitem brincadeiras em momentos sérios. Mães protocolares levam seus bebês ao médico e marcam um horário no psicólogo por qualquer motivo como, por exemplo, o fato de o filho estar mordendo o coleguinha. Pessoas protocolares falam que vão dormir às dez. E vão. Pessoas protocolares fazem regime. Pessoas protocolares prometem e cumprem.
Pessoas protocolares sabem exatamente o que estarão fazendo daqui há um mês. Elas sabem tudo! Anotam os compromissos na agenda e se programam com antecedência. Elas não correm o risco de marcar algo com duas pessoas no mesmo dia e precisar furar com uma delas em cima da hora. Pessoas protocolares jamais se atrasam. Se têm um compromisso às sete da manhã, estão de pé às cinco e meia. Pessoas protocolares devolvem os livros que pegam emprestado, sabem onde estão seus documentos mais importantes, não deixam a louça acumular na pia. Pessoas protocolares não perdem dinheiro na rua, não esquecem a chave do lado de fora da porta de casa. (Aqui, é preciso fazer uma observação: não se deve confundir protocolaridade com organização. A protocolaridade está além da organização. Diz respeito ao excesso de ritualismo, de método, de padrão. Seria inconcebível para o protocolar, por exemplo, mudar de idéia ou mudar os planos na última hora). Pessoas protocolares querem resolver, o mais depressa possível, os conflitos. Pessoas protocolares não andam descalço. Pessoas protocolares comem de três em três horas. Pessoas protocolares levam seu travesseiro quando vão dormir fora de casa. Pessoas protocolares não se esquecem de tomar o remédio. Pessoas protocolares contam quantas pessoas tem no elevador antes de entrarem. Caso o número ultrapasse o máximo permitido, elas não entram. Esperam. Pessoas protocolares não admitem brincadeiras em momentos sérios. Mães protocolares levam seus bebês ao médico e marcam um horário no psicólogo por qualquer motivo como, por exemplo, o fato de o filho estar mordendo o coleguinha. Pessoas protocolares falam que vão dormir às dez. E vão. Pessoas protocolares fazem regime. Pessoas protocolares prometem e cumprem.